Final de 1413 e começo de 1414
Na manhã seguinte acordei e desci ao bar. Disse que estava procurando por alguém que seja amigo de Diego Oliveira da Firenze, ou que saiba algo sobre o garoto que rouba dos ricos.
Um senhor de uns 60 anos veio ao meu encontro e disse:
— Siga-me.
Ele me levou em uma rua próxima, que era pouco movimentada:
— Você é o Filho do Assassino?
— Assassino?
— Melhor dizendo... Você é filho de Oliveira?
— Como você sabe e porque você o chamou de Assassino?
— Ele era um grande amigo meu. Só não entendi o fato de ele não ter contado ao seu filho a verdade — ele fez uma pausa — Sei que tem gente atrás de você e presumo que você está atrás de Michelangelo di Battista sobre ordem de seu falecido pai...
— Como você sabe dessas coisas? O que está acontecendo?
— Proponho um trato... Encontre o Ladrão dos 10 Anos e tente fazer-lo seu aliado. Se conseguir fazer isso lhe digo a verdade e lhe digo como encontrar Michelangelo...
Ele mal acabou de falar e eu saí à procura desse ladino no qual eu tinha certeza de quem era...
Fui andando pelas ruas de cabeça baixa para nenhum guarda me ver. Andei o dia todo pelas ruas para evitar que guardas postos em cima das casas me vissem, até que cansei e dormi escondido dentro de um monte de feno. Acordei e já estava de noite quando, na área rica de Roma me deparei com uma figura em cima de um telhado, discretamente escondida atrás de uma chaminé. Ligeiramente subi na casa e ao seu lado eu disse:
— Como vai, amigo ladino? — sua expressão não mudou e ele me disse:
— Tenho observado o movimento desses malditos guardas... Eles se acham os donos de tudo só porque estão à mandado do rei...
— Você fica o dia todo nisso? No dia de Ano Novo você ao menos não comemora, com seus amigos, por exemplo?
— Meus amigos já foram mortos pelo rei... Amizade nesse mundo só trás tristeza... E isso é estranho vindo de alguém que perdeu a família...
— C-Como você sabe disso?
— A cidade inteira não fala de outra coisa. Você é filho de Diego certo? Suas habilidades são dignas do filho de Oliveira...
— Nunca soube nada disso do meu pai... Quem lhe contou isso?
— Um velho... Que eu já considerei meu pai...
Nossa atenção foi desviada à um grupo de guardas que estavam, talvez, assediando uma garota, bem logo à nossa frente...
— Vamos nos aproximar. — eu lhe disse sem exitar.
Chegamos perto o suficiente para ouvir os guardas falando:
— Uma jovem linda como você não devia estar sozinha por aí e quase meia-noite... E... Nossa, que belo corpo você tem... — disse um dos guardas passando a mão dentre as pernas da jovem garota...
— Parem com isso malditos! Vocês tem idade para serem meus pais...
O ladino percebeu meu olhar de raiva e me disse:
— Você disse que eu nunca comemorei o ano novo certo? Então vamos comera-lo espancando esses desgraçados?
— Com certeza. E... Como é seu nome mesmo?
— Luigi Enzo Ceratti
— Luigi Enzo Ceratti
Dessemos lá de cima rápidos como dois ratos e de cara eu acertei um guarda nas costas o fazendo perder o fôlego e cair de joelhos e eu disse:
— Deixe a jovem dama em paz e pouparemos que vocês sintam dores.
— Como se um pirralho como você fosse derrotar nove guardas armados... — disse um dos guardas.
— Deixe a jovem dama em paz e pouparemos que vocês sintam dores.
— Como se um pirralho como você fosse derrotar nove guardas armados... — disse um dos guardas.
Luigi sacou sua adaga e em 5 movimentos rápidos deixou 3 guardas sangrando no chão e nesse tempo eu tinha derrubado dois guardas no chão e rapidamente imobilizei outro num tempo perfeito para a garota chutar seu pescoço deixando o tossindo como um fumante de vários anos... Luigi esfaqueou outro guarda mais os 2 guardas que sobraram sacaram suas espadas e viram pra cima da gente como cães raivosos. O primeiro golpe passou raspando pela costela direita de Luigi, que segurou o pulso do guarda e lhe deu um chute na cabeça, o que o deixou inconsciente. O outro guarda acerou de leve meu rosto deixando apenas um corte, e, quando ele ia atacar de novo, a garota o acertou com um pedaço de madeira bem nas costelas e deixou o guarda sem ar...
— Vamos sair daqui! — gritou Luige — Mas deles virão em breve...
Subimos em uma igreja e então escalamos a sua torre e ficamos em cima dela... O estranho é que a garota subiu 3 vezes mais rápido do que Luigi e eu:
— Vocês lutaram bem... Tiveram bons professores. — disse a garota com um sorriso lindo que me fez perder o equilíbrio e quase cair.
— À propósito... Como é mesmo seu nome?
— Samantha Cafucci de Foncecca e muito obrigada por me salvarem daqueles guardas...Serei eternamente grata...
— Fui uma honra... Aqueles malditos mereceram... E... Que nome belo...Digno de sua dona... — eu disse à ela com um sorriso sarcástico.
— Bajulador...
— Não quero atrapalhar o clima romântico dos dois mais olhem pra cima...
Uma espetáculo de fogos de artifício estava acontecendo e nós 3 sentados o vimos durante à madrugada do primeiro dia de 1414... E assim eu disse a Luige:
— Vamos concertar essa cidade, amigo... Vamos levar uma bela vida... E que ela nunca mude...
E sorrindo pra mim e para a Samantha ele disse:
— E que ela nunca nos mude... A justiça será alcançada em sangue...Como a paz será alcançada em guerra...
E em um momento de silêncio, curtimos o mometo abraçados desejando um prospero ano novo e selando a mais nova amizade...
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