Março de 1417
Saí da cidade a
cavalo, e por muito tempo, o fiz correr muito, o que o sobrecarregou e me fez
ter que parar por algum tempo... Parei em um riacho com o cavalo para ele beber
e descansar, também aproveitei para limpar meus ferimentos, beber água, deitar
e descansar. Era um lugar muito bonito, com muitas árvores, plantas e
pássaros... Deitei ao lado de uma grande árvore... Altíssima... Majestosa...
Até parecia ser mais velha que toda a humanidade. Suas folhas, já florindo e
úmidas naquela esplendida manhã de começo de primavera... Uma manha
naturalmente perfeita... Porém socialmente terrível. Reparei no bosque que eu
estava e, enquanto eu estava deitado observei o céu, refletia... Pensava em tudo
o que aconteceu... Meditava... vi vários e vários pássaros voando e cantando...
Fechei meus olhos e meditei por completo... as vezes eu os abria e reparava
mais no lugar onde eu estava... Um bosque grande... Perfeito para estar com
amigos. Novamente fechei os olhos esquecendo meus problemas e, quando eu estava
eu meu zen total uma águia "gritou”... Seu canto majestoso me despertou e
eu voltei para a realidade. Percebi que ela estava fixa em uma presa... Voando
praticamente em círculos... Percebi como ela era independente... Percebi sua
Liberdade... Mas uma fez ela fez seu som incrível... E eu me lembrei da minha
responsabilidade com o Credo. Olhei para o cavalo e ele estava me encarando,
como se estivesse pronto pra voltar à estrada, então levantei e subi nele, e,
ele correu mais rápido do que eu já tinha visto um cavalo correr.
...
Passaram-se mais
algumas horas e parei numa fazendinha pequena muito próxima da cidade de
Teramo, um senhor muito simpático veio ao meu encontro quando me viu comer algumas
de suas maçãs direto de uma macieira com meu cavalo:
— Olá viajante?
Desculpe te incomodar... Mas essas maçãs são para eu vender... Uma tropa de
guardas sempre passa por aqui e me rouba muitas delas. Sem elas não tem como eu
pagar os impostos para os guardas. — disse o senhor sorrindo, porém, com um tom
de tristeza.
— Desculpe-me meciere, eu não sabia... Mas o senhor guardas? Sempre
os mesmos?
— Sim... E lá estão vindos
eles.
Uma tropa de cinco
guardas vieram ao nosso encontro, mas foram direto no senhorzinho:
— Ei! Seu velho! Quero
os 2.500 floríns que me deve agora! — disse o guarda da frente.
— Me perdoe senhor...
Mas essa semana não foi uma colheita das melhores.
O guarda foi dar um
tapa no senhor, e, quando ele foi faze-lo, segurei a mão do guarda pelo pulso e
o olhei nos olhos:
— Você não devia cobrá-lo...
Vive pegando de sua mercadoria e ainda quer que ele lhe pague? E pagar o que?
Deixe-o em paz e eu o deixarei vivo.
— Você? Assassino?!
Pietro Ferreira da Firenze? Seu maldito! Você se acha acima da lei dos templários! Não me
subestime me segurando desse jeito! Vou matar você e esse velho idiota agora!
— Aqueles que ameaçam pessoas
humildes, inocentes ou trabalhadoras honestas, não tem o direito de viver. — eu
lhe disse flexionando minha mão para trás liberando a lâmina oculta e cortando
suas artérias e tendões do pulso. Ele berrou de dor:
— Arrrgh! Maldito! Matem-no
seus incompetentes! Matem-no!
Eu sabia que não
deveria demorar... Então liberei a lâminas oculta e a lâmina oculta com veneno.
Eles atacaram com movimentos letais e pesados, mas, estavam só em cinco e era
preciso vinte para começar a cansar um Assassino bem treinado. Os ataques mais
bem feitos deles eu desviei com a braçadeira, e com movimentos rápidos, foi
cortando eles, que logo, com o veneno, caíram duros. Uma luta de menos de 1
minuto, e por fim, sobrou apenas o guarda que tinha falado comigo com a cara
virada pra terra todo ferido. E ele disse:
— Durante minha vida
eu nunca vi alguém tão forte... Agora percebo o quando seu Credo é poderoso...
Mas... Mesmo que eu morra agora, eu não me arrependo de nada... Nada do que
vi... Nada do que fiz... Não me arrependo de ter matado... De ter destruído
famílias... A única coisa que me arrependo e de não ter te matado... Agora,
acabe logo com isso!
— Deus perdoa todos
verdadeiramente... Mas... Você não irá velo agora... Você não merece nem a dor
da morte. Um desgraçado como você merece a dor de continuar vivendo! — falei a
ele cortando seus tendões de ambos os Joelhos e dos braços. — Você vai
morrer... mas depois de algum tempo sofrendo.
Ele ficou lá... Sofrendo
sem dizer mais nada. Montei no cavalo e disse ao senhor que estava branco de
susto ou algo do tipo:
— Obrigado pelas maçãs
e espero que ninguém mais atrapalhe suas vendas. Adeus! — e sem mais um olhar
para trás eu cavalguei em direção à cidade.
Passou alguns minutos
e cheguei a Teramo. Logo na entrada avistei a carroça de Luigi sendo cercada
por guardas que usavam a mesma armadura dos guardas de Santiago em L'Aquila.
Agora sim... Mais problemas ão de começar...